
Na avaliação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o plano "é uma importante iniciativa para combater a crise econômica que preocupa o país". Para baratear o custo das unidades e garantir a efetividade do programa, estados e municípios poderão contribuir com subsídios financeiros, doação de terrenos, obras de infraestrutura, incentivos fiscais e agilização das aprovações de projeto.
O plano prevê parcelas mensais a partir de R$ 50 para a compra da casa própria. Para não coincidir com o custo do aluguel, as prestações só começam a ser cobradas após a entrega das chaves do imóvel. O subsídio deve somar R$ 16 bilhões e beneficiar 400 mil famílias.
A dinâmica do plano funciona da seguinte forma: as construtoras elaborarão os projetos dos novos empreendimentos e os apresentarão à Caixa Econômica Federal, responsável pela análise e contratação de obras.A Secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês da Silva Magalhães, destaca a importância dos estados e municípios neste processo. "Com a parceria dos estados e municípios, as construtoras terão maior possibilidade de ver os seus projetos aprovados pela Caixa", afirma.
A distribuição do programa "Minha Casa, Minha Vida" será feita de acordo com o déficit habitacional. Conforme a última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90,9% da população com renda de até três salários mínimos está sem lugar para morar. O levantamento aponta a distribuição regional do déficit: o Sudeste detém 36,4%, seguido por Nordeste (34,3%), Sul (12%), Norte (10,3%) e Centro-Oeste (7%). Juntas, as regiões metropolitanas concentram 28,5% da falta de moradias, daí o foco em municípios com população maior que 100 mil habitantes.
Apesar do grande guarda-chuva do “Minha Casa, Minha Vida”, o governo federal manterá em funcionamento os demais programas habitacionais, que, operacionalizados pelo Ministério das Cidades, atende também os municípios menores. "O objetivo deste programa é gerar emprego e renda na construção civil, estimulando a cadeia produtiva de um setor que não depende da importação de insumos. O programa é importante por ser anticíclico e por atacar o déficit habitacional", afirmou o ministro Márcio Fortes.